Nem sempre ambos os parceiros concordam em buscar terapia, mesmo quando há conflitos, brigas e desentendimentos na relação. Muitas vezes, um dos cônjuges resiste à ideia, enquanto o outro sente a necessidade de ajuda profissional. Em outros casos, um aceita a terapia, mas apenas na expectativa de que o outro participe acreditando que é ele quem precisa do tratamento individual.
O terapeuta de casal, especialista em relações conjugais, pode atender apenas um dos parceiros quando o outro não está disposto. Nessa situação, a terapia se concentrará na relação, mas sob a ótica de quem busca o atendimento. No entanto, um desafio desse formato é que a pessoa que não participa do processo terapêutico acabará dependendo das decisões e mudanças feitas unilateralmente pelo parceiro que está em terapia.
É essencial que o cônjuge ausente compreenda que, ao não participar, está se isentando da responsabilidade por problemas que pertencem aos dois, uma vez que fazem parte da dinâmica do relacionamento. A terapia será individual, com um enfoque diferente da tradicional terapia de casal.
O objetivo para quem fica não pode ser modificar o outro ou assumir sozinho o peso da relação, mas sim promover o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.
A mudança individual inevitavelmente afetará a dinâmica do casal. Embora o propósito da terapia não seja tratar a relação em si, os reflexos do crescimento pessoal de um dos parceiros podem influenciar a convivência e a qualidade do vínculo. Se isso fortalecerá ou fragilizará a relação, não há como prever ? mas certamente será um caminho de evolução para quem escolheu se tratar.
Sentimentos como desvalorização, abandono e invalidade podem surgir quando um dos parceiros percebe que o outro não se empenha pela relação. Esse desequilíbrio pode, em alguns casos, levar ao afastamento e até mesmo à ruptura do casal.
Espero vocês para um encontro! Vamos conversar sobre o que está difícil nessa parceria!
Sou Mariana Maria de Azevedo , psicóloga formada pela PUCAMP em 1998. Meu caminhar profissional sempre esteve direcionado ao atendimento clínico com um olhar voltado para as dinâmicas emocionais e os desafios que crianças, adolescentes e adultos enfrentam em suas jornadas. Nesta trajetória realizei formação em teoria psicanalítica. Fiz especialização em Avaliação Psicológica e isto agregou mais uma camada à minha prática clínica. Atualmente busquei formação em
Terapia de Casal e Atendimento Individual com demanda de relacionamento.